Cada método terapêutico possui um processo de aprendizado associado a ele, que corresponde ao tempo e/ou a quantidade de experiências de referência para que a abordagem comece a revelar seus efeitos. A hipnose contemporânea possui um tempo curto pois faz uso do transe, uma experiência universal que está presente na vida de todos nós, de diferentes formas, mais ou menos conscientemente.

A partir daí, torna-se possível fazer intervenções efetivas que proporcionam resultados mensuráveis.

A vantagem da terapia breve está em proporcionar mudanças rápidas para vários padrões de pensamento, sentimento e/ou comportamento indesejados que hoje habitam muitos pacientes de terapia.

Tipicamente, elas se expressarão, em relação aos seus desafios, com sentenças parecidas com: “Eu entendo bem, mas não sinto assim…”, “Eu quero fazer diferente, mas não consigo.”, “Eu decido que nunca mais repetirei determinado comportamento e, quando me dou conta, fiz novamente!”.

Destas simples sentenças depreendemos que, muitas vezes, não somos capazes de realizar o que queremos ou mais desejamos, da mesma forma que acabamos repetindo hábitos indesejados com certa frequência, tais como dependência, explosões emocionais, autodesvalorização, agressividade, etc. Enfim, facilmente nos damos conta que pensar, querer e/ou desejar pode estar bem distante do fazer, agir e/ou sentir. Tudo se passa como se, dentro de cada um de nós, houvesse diferentes dimensões responsáveis por cada uma daquelas ações que, frequentemente, estão em conflito.

Este é um dos principais princípios da hipnose contemporânea: reduzir a quantidade de conflitos interiores entre tais dimensões com a finalidade de obter mais sinergia interior, maior congruência entre pensar, sentir e agir e, finalmente, fazer mudanças rápidas, duradouras, estáveis, e generativas, que deem origem a novas formas de ser e sentir.