[trecho do capítulo Introdução do livro Inteligência Relacional, página 11, publicado em janeiro de 2022]
Apresento a seguir os valiosos resultados obtidos por uma pesquisa realizada ao longo de mais de 25 anos por cientistas do comportamento da Utah University.
Testes de criatividade realizados pelo Dr. Calvin Taylor, apresentados no livro do Dr. George Land (Ponto de ruptura e transformação), revelam um cenário muito interessante: oito tipos de testes de criatividade aplicados num universo de aproximadamente 1.600 indivíduos avaliados em diferentes fases da vida evidenciaram o seguinte:
- 98% de um grupo de crianças, cuja idade se situava entre três e 3 e 5, apresentou desempenho de criatividade correspondente à genialidade!
- 32% das crianças, entre 8 e 10 anos de idade, ainda comportavam-se como gênios.
- Apenas 10% delas, entre 13 e 15 anos, ainda mantinham-se brilhantes naqueles testes.
- Finalmente, restavam apenas 2% dos jovens adultos, acima dos 25 anos, com suas condições originais intactas – eles tinham sido capazes de manter suas competências criativas, a despeito de todas as investidas sociais e culturais de adestrá-los e conter seus poderes criativos!
Enfim, de alguma estranha forma, as crianças parecem descobrir criativamente como não expressar sua criatividade! Fazem isso para conquistar atenção, afeto, respeito e as coisas que desejam. Aqui está o paradoxo da criação daquilo que chamamos de bloqueios: eles são soluções criativas para os nossos desafios de sociabilização (engajamento entre as pessoas com quem convivemos).
